quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Novo premiê do Japão diz que fará o possível para proteger empregos e combater coronavírus

 Ele também prometeu que aumentaria a capacidade de testes para detecção do vírus

Primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga
O novo primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, prometeu que fará o possível para proteger os empregos da população e, ao mesmo tempo, combater o coronavírus.

Em sua primeira entrevista coletiva como primeiro-ministro, Suga disse que o maior desafio que o Japão enfrenta atualmente é a disseminação do novo coronavírus, mas acrescentou que há necessidade de equilibrar a luta contra o vírus com o renascimento econômico.

Ele também prometeu que aumentaria a capacidade de testes para detecção do coronavírus e garantiria uma vacina gratuita para todos os moradores do país quando estivesse pronta.

Suga afirmou que não poderia haver um vácuo político em um momento de crise nacional, reconhecendo seu antecessor Shinzo Abe e dizendo que continuaria com suas políticas.

Suga foi formalmente eleito primeiro-ministro do Japão pelo Parlamento do país na quarta-feira para se tornar o primeiro novo líder do país em quase oito anos, e nomeou um gabinete que mantém cerca da metade dos rostos familiares que atuaram sob a liderança de Abe.

Suga, de 71 anos e braço direito de longa data de Abe, prometeu seguir vários dos programas do antecessor, incluindo sua estratégia econômica "Abenomics", e seguir adiante com reformas estruturais, incluindo a desregulação e a redução de barreiras burocráticas.

Abe, o premiê japonês que permaneceu por mais tempo no cargo na história, renunciou por causa de problemas de saúde após quase oito anos no poder. Suga atuou em seu governo no posto-chave de secretário chefe de gabinete, trabalhando como principal porta-voz do governo e coordenando suas políticas.

Suga, que obteve uma vitória esmagadora na disputa pela liderança do governista Partido Liberal Democrata (PLD) na segunda, enfrenta uma série de desafios, incluindo o combate à pandemia de Covid-19, a retomada de uma economia combalida, além de lidar com uma sociedade que envelhece rapidamente.

Com pouca experiência diplomática direta, Suga também terá de conviver com as crescentes tensões entre Estados Unidos e China, construir relações com o vencedor das eleições presidenciais norte-americanas de 3 de novembro e tentar manter nos trilhos os laços do país com Pequim.

Cerca de metade dos membros do gabinete de Suga atuaram no governo Abe. Há somente duas mulheres e a média de idade, incluindo Suga, é de 60 anos.

Entre os que permanecem estão ocupantes de postos-chaves como o ministro das Finanças, Taro Aso, e o titular das Relações Exteriores, Toshimitsu Motegi, assim como a ministra da Olimpíada de Tóquio, Seiko Hashimoto, e o ministro do Meio Ambiente, Shinjiro Koizumi, o mais jovem do governo com 39 anos.

"É um gabinete de Continuidade com 'C' maiúsculo", disse Jesper Koll, conselheiro sênior da gestora de ativos WisdomTree Investments.

O irmão mais novo de Abe, Nobuo Kishi, ficou com a pasta da Defesa, enquanto o ex-ministro da Defesa Taro Kono assumirá o ministério da Reforma Administrativa, cargo que já ocupou.

Yasutoshi Nishimura, principal nome de Abe na resposta à Covid-19, permanecerá como ministro da Economia, enquanto o titular da Indústria e Comércio, Hiroshi Kajiyama, filho de um político que foi mentor de Suga, também manterá o cargo.

Katsonobu Kato, que está deixando o comando do Ministério da Saúde, assumirá o desafiador cargo de secretário chefe de gabinete de Suga. Coube a ele anunciar os nomes do novo gabinete.
Fonte: Alternativa com Reuters

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