sexta-feira, 19 de março de 2021

Situação ainda é “grave”, diz governadora de Tóquio após decisão de suspender estado de emergência

Nem todas as restrições foram descartadas em Tóquio, Saitama, Chiba e Kanagawa

governadora de Tóquio
O Japão suspenderá o estado de emergência do coronavírus na área de Tóquio no próximo domingo (21), disse o primeiro-ministro Yoshihide Suga, mas a governadora da capital, Yuriko Koike, alertou os cidadãos a não baixarem a guarda.

Koike disse que a situação em Tóquio ainda é "grave" e que o coronavírus ainda não foi controlado.

"A primeira leva de vacinas para 14 milhões só começou, e até termos terminado temos que lutar com as próprias mãos".

Suga disse que a disponibilidade de leitos hospitalares melhorou em Tóquio e nas províncias vizinhas, onde as restrições se mantêm desde o início de janeiro.

"Após este desdobramento, decidimos suspender o estado de emergência em Tóquio e nas províncias de Saitama, Chiba e Kanagawa a partir de 21 de março", disse Suga.

Embora pressionado a controlar a Covid-19 antes da Olimpíada no próximo verão, o governo está ansioso para reativar a atividade econômica na área da grande Tóquio, cujos 36 milhões de habitantes representam 30% da população japonesa.

Mas especialistas observaram na reunião do comitê de aconselhamento do governo que as infecções estão aumentando e que um ressurgimento é provável.

É por isto que nem todas as restrições foram descartadas. Após o fim da emergência, as quatro províncias pedirão que os restaurantes fechem às 21h, ao menos até o final de março, para diminuir a chance de um ressurgimento de infecções, disse o governador de Kanagawa, Yuji Kuroiwa.

Os legisladores da oposição criticaram o momento da saída do estado de emergência. Yukio Edano, líder do Partido Democrático Constitucional do Japão, disse que é "prematuro" e teme que as infecções aumentem novamente.

Tóquio registrou 409 novos casos de coronavírus na quarta-feira e 323 na quinta-feira, depois de um pico de 2.520 em 7 de janeiro.
Fonte: Alternativa com Reuters

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